Artigo – Afinal … o que os jovens esperam da estrutura curricular do Ensino Médio?
Por Ghisleine Trigo da Silveira
Em relevante pesquisa encomendada pela ONG “Todos pela Educação”, o Datafolha ouviu jovens de 14 a 16 anos de escolas públicas e privadas de todas as regiões do Brasil, sobre a estrutura curricular a ser adotada no Ensino Médio.
Na contramão dos que, nas recentes discussões sobre o Ensino Médio, defendem radicalmente a volta a um currículo fixo, integrado pelos componentes curriculares que, tradicionalmente, foram abordados nessa etapa, a maioria dos estudantes brasileiros matriculados na 1ª série (65% deles) declara sua preferência por um currículo flexível , que lhes permita ou que se aprofundem em componentes de seu interesse ou que optem por um curso técnico profissionalizante, aliás como já prevê a estrutura curricular vigente para o novo Ensino Médio, ora em análise.
Não resta dúvida, portanto, que muitos jovens brasileiros desejam ter acesso a uma formação técnica profissional integrada ao ensino médio, outra possibilidade duramente criticada pelos que desejam simplesmente a revogação do novo Ensino Médio.
É fundamental, portanto, que o protagonismo – outra marca do modelo vigente – possa ser estimulado, de forma que os jovens possam participar de discussões sobre o assunto, com base em informações confiáveis e, mais que isso, que sua voz seja efetivamente considerada no desenho curricular dessa importante etapa da educação básica, de grande relevância para o projeto de vida de cada um deles e, porque não, para o futuro do país.