A Acadêmica e Diretora da Academia Paulista de Educação, Marisa Lajolo, escreve resenha indicando para crianças -a partir dos 7 anos de idade- o livro “Tutifruti, venha para a feira da alegria” de autoria de Pedro Bandeira e Mariana Munhoz.

Pedro Bandeira foi homenageado pela Câmara Brasileira do Livro com o título de Personalidade Literária de 2023 e receberá seu troféu na Cerimônia do Prêmio Jabuti que acontecerá no dia 5 de dezembro no Theatro Municipal de São Paulo. Ele é um escritor brasileiro especializado em livros infanto-juvenis e começou a carreira em 1983 com o lançamento do mega sucesso “O Dinossauro Que Fazia Au-au”. A partir daí passou a dedicar-se exclusivamente a autoria de títulos infanto-juvenis.

por Marisa Lajolo:

“Tutifruti (*) não é uma palavra que dá água na boca ?  sorvetes, balas, pirulitos…! E agora é também o nome de um livro gostoso como um picolé sabor tutifruti!

Dão vida às páginas coloridas do belo livro de capa dura criaturas do reino vegetal: frutas, legumes e verduras conversam em quadrinhas curtas e muito divertidas. Um mamão fala com uma maçã & uma berinjela e uma cebola ameaça chorar se não ganhar um morango-balão.

Salada mista ou salada de frutas?

Qualquer que seja a salada, o gosto é delicioso!

Com casca ou sem casca, além de conversarem umas com as outras: imagens incríveis representam as personagens dos versos, que ganham expressão: alegria ( a festa  de casamento do pimentão) , medo ( não vá a espiga perder seus grãos), tristeza ( do xuxu que quer um beijo ) e muitas outras .

Ou seja, Tutifruti é um belíssimo exemplo de livro que conjuga duas linguagens: a verbal e a visual. Além disso, revive um tema clássico da literatura brasileira: inspirando-se no mundo vegetal ele retoma e alimenta imagens com que certas frutas foram celebradas na nossa tradição literária.

Quer ver?

No poema Caramuru, escrito no século XVIII ( 1781), o abacaxi é celebrado como“ … fruta tão boa / que a mesma natureza enamorada / quis cingi-la de coroa” .

Divirtam-se com o livro, enquanto eu vou tomar um sorvete de graviola, a chorona com quem ninguém quer dançar …”